
A Gothic Rock/Darkwave é com certeza a música e um dos elementos que
mais caracteriza a cena gótica. Mas com a sua evolução outros estilos
musicais foram se integrando mais à subcultura e se fundindo mais a ele,
que embora possam às vezes ser abordados de maneira distinta já parecem
também coisas inseparáveis uma das outras. Quando exportado para os
americanos o rock gótico chegou da Inglaterra para se tornar o death
rock. Na Inglaterra a ‘’Batcave’’(club centro da disseminação desse
estilo) abrigava noites regadas ao som de bandas como o Specimen e o
Bauhaus. Nos Estados unidos o estilo também ganhou várias casas e uma
contraparte típica, o Christian Death. Talvez por isso os dois estilos
sejam tão inseparáveis e se dz que são irmãos que se detestam, mas se
amam no fim das contas. Mas as bandas como essas podiam se encaixar
perfeitamente no rótulo gótico. Enquanto que o death rock, como é
conhecido hoje, é povoado de zumbis, humor negro, carnificina,
ferimentos, necrofilia e todo tipo de brincadeira com a morte, inspirado
em filme de terror de orçamento baixo. Exemplos de bandas são: Misfits
(também ligados ao punk rock), 45 Grave, Zombina and the Skeletones,
Cinema Strange, etc. Para conhecer mais: Death rock Um advento que tomou
a cena alternativa de 1990 era chamado Industrial, esse tipo de música
já havia sido muito bem vindo pelo gótico no fim dos anos 80, a paixão
pelo sombrio novamente fez a união. Os góticos, como se sabe, podem
olhar para o passado com uma nostalgia irônica, (pois a era vitoriana é
transformada em um ambiente muito propício e aconchegante para isso, mas
como se sabe, as coisas não são bem assim) já o industrial olha para o
futuro com um pessimismo baseado no presente. O industrial legitimo era
um acontecimento musical que já havia acontecido vinte anos antes mais
ou menos. Eram trabalhos que colocavam em questão até que ponto
existiria musicalidade, na arte de fazer barulho. Os artistas desse
movimento podiam usar qualquer coisa que fosse ruidosa, alterada e
misturada eletronicamente de forma desincronizada para parecer com nada
que fosse entretenimento à cultura popular. Podem ser citados aqui os
experimentalistas eletrônicos do Cabaret Voltaire, a cozinha destruidora
de Monte Cazazza e os concertos que mais pareciam um ataque à queima
roupa do Throbbing Glistle. Dessa forma a música underground dançante
feita para animar
clubs de meados de 90 recebeu o rótulo de
Industrial também, “ A única coisa que temos em comum é o fato haver
barulho na minha música e também haver barulho na deles”, diz o frontman
do Nine Inch Nails (banda que propagou o gênero) Trent Reznor. O gótico
preza o feminino, ou o andrógino, a beleza, o poético, o teatral, etc. e
a música eletrônica industrial é agressiva, masculina, raivosa,
barulhenta, informatizada, cientifica e etc. e tal. Logo se percebe uma
união onde os opostos se completam então. Desse casamento surgiram os
Cybergoths e Rivetheads como abrigado da subcultura gótica, ou não
(alguns riveathead a consideram uma cultura a parte). O fato é que a
música gótica hoje tem traços da integração industrial por todos os
lados, muitas bandas utilizam baterias eletrônicas apenas, também
samples e sintetizadores, que podem substituir qualquer instrumento,
desse moda a cena gótica recebe muito bem as novas tecnologias sem
afetar qualquer seus aspectos, apenas se revolucionando mais ainda.
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